A Segunda Vinda

Por J. I. Packer
 
Jesus Cristo retornará à terra em Glória.

"MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; " 1 Ts 5.1-4.


O Novo testamento anuncia repetidamente que Jesus Cristo voltará algum dia. Essa será sua "visita real", seu 'aparecimento" e "vinda" (grego: parousia). Cristo voltará a este mundo em glória. O segundo advento do Salvador será pessoal e físico (Mt 24.44;At 1.11; Cl 3.4; 2 Tm 4.8; Hb 9.28), visível e triunfante (Mc 8.38; 2 Ts 1.10; Ap 1.7). Jesus vem para encerrar a história, levantar os mortos e julgar o mundo (Jo 5.28,29), conceder aos filhos de Deus sua glória final (Rm 8.17,18; Cl 3.4), e introduzi-los em um universo reconstruído (Rm 8.19-21; 2 Pe 3.10-13). Sua execução desta agenda será a última fase e triunfo final de seu reino mediatário. Uma vez que essas coisas se cumpram, a aplicação da redenção contra a oposição satânica, que era a obra específica do reino, terminará. Quando Paulo diz que Cristo então "entregará o reino" e se tornará sujeito ao Pai (1 Co 15.24-28), ele não está insinuando qualquer diminuição da honra subseqüente de Cristo, mas está significando o completamento do plano para trazer os eleitos ao céu que o Filho ressurreto foi entronizado para realizar. Os eleitos em glória, purificados e aperfeiçoados, honrarão para sempre o Cordeiro como aquele que foi capaz de abrir o livro do plano de Deus para cumprimento e aplicação da redenção na história, e fazer acontecer o que estava planejado (Ap 5). Na nova Jerusalém, Deus e o Cordeiro estão entronizados e reinam juntos para sempre (Ap 22.1,3)). Mas este reinado é a crescente conexão servo-Senhor entre Deus e os justos que se segue à era do reino mediatário, e não a continuação daquele reino como sul.


Em 1 tessolonicenses 4.16,17, Paulo ensina que a vinda de Cristo terá a forma de um descida desde o céu, anunciado por um ressôo de trombeta, um clamor , e a voz do arcanjo. Os que morreram em Cristo já terão sido levantados e estarão com Ele, e todos os cristãos na terra serão "arrebatados" (isto é, levados às nuvens para o encontro com Cristo no espaço), para que possam em seguida retornar à terra com Ele, como parte de sua escolta triunfante. A idéia de que o arrebatamento os leva para fora deste mundo por um período antes de Cristo aparecer uma terceira vez para uma "segunda vinda" tem sido amplamente defendida, mas falta-lhe apoio escriturístico.


Embora alguns dos detalhes dados por Paulo tenham significação simbólica (a trombeta, como um clarim militar, chama a atenção para a atividade de Deus, Êx 19.16,19; Is 27.13; Mt 24.31. 1 Co 15.52; a nuvens significa a presença ativa de Deus, Êx 19.9,16; Dn 7.13; Mt 24.30; Ap 1.7), ele parece estar falando literalmente, e o fato de o que ele descreve estar além de nosso poder de imaginação não nos deve impedir de tomar sua palavras no sentido de que isso será assim.


O Novo Testamento especifica muito do que sucederá entre as duas vindas de Cristo, mas, afora q queda de Jerusalém em 70d.C. (Lc 21.20,24), as predições sugerem processo e não eventos isolados identificáveis, e não revelam sequer uma data aproximada do reaparecimento de Jesus. O mundo gentio será chamado à fé (Mt 24.14); os judeus serão trazidos ao reino (Rm 11.25-29, uma passagem que pode ou não antecipar uma conversão nacional); haverá falsos profetas e falsos Cristo ou anticristos (Mt 24.5,24; 1 Jo 2.18,22; 4.3). Haverá apostasia da fé e tribulação para os fiéis (2 Ts 2.3; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; Ap 7.13,14; cf. 3.10). Um "homem da iniqüidade", aparentemente não identificável, acerca do qual Paulo havia falado aos tessaçocicenses em um ensino oral que não possuímos (2 Ts 2.5), devia ou deve aparecer (2 Ts 2.3-12). Se o período de mil anos de Apocalipse 20.1-10 é realmente a história do mundo entre as duas vindas de Cristo, haverá uma último e apical luta de poder de alguma forma entre as forças anticristãs do mundo e o povo de Deus (vv 7-9). Nenhuma data, contudo, pode ser inferida desses dados; o tempo do retorno de Jesus permanece completamente desconhecido.


A volta de Cristo terá o mesmo significado para os cristãos que estiverem vivos quando acontecer como a morte tem para os cristãos que morrem antes de acontecer: será o fim da vida neste mundo e o início da vida naquilo que tem sido retratado como "um ambiente desconhecido com habitantes bem conhecido" (cf. Jo 14.2,3). Cristo ensina (Mt 24.36-51) que será um trágico desastre se a parousiaencontrar alguém despreparado. Em vez disso, a idéia do que virá deve estar constantemente em nossas mentes, incentivando-nos em nosso atual serviço cristão (1 Co 15.58) e ensinado-nos a viver, como se ela fosse iminente, prontos a nos encontrarmos com Cristo a qualquer momento (Mt 25.1-13).
Autor: J. I. PACKER
Fonte: Teologia Concisa, pg. 159, Ed. Cultura Crista. Compre este livro em http://www.cep.org.br .

O Fim do Mundo

Por O. Palmer Robertson


Muitas pessoas não o sabem, mas este mundo chegará ao fim. Elas pensam que o mundo existirá por tempo indeterminado, devido ao fato que ele permanece da mesma maneira desde que o conhecem. Alguns imaginam: quando o nosso sol extinguir-se, então, o mundo chegará ao fim; ou: se acontecer uma guerra nuclear, a humanidade deixará de existir. Entretanto, independentemente dessas perspectivas, as pessoas sentem que o mundo simplesmente perpetuará sua existência.

Aqueles que mantêm esse ponto de vista ignoram duas coisas. Primeira: o mundo já sofreu uma destruição catastrófica, ou seja, o Dilúvio, na época de Nóe. Deus julgou o mundo antigo por causa de sua depravação e executará juízo sobre o mundo novamente. Segunda: as palavras de Jesus e da Bíblia a respeito do fim do mundo.

O que podemos conhecer sobre o fim deste mundo? O que nos espera adiante? Considere estas seis verdades sobre as quais você pode ter certeza.


1. Jesus voltará
Jesus, o eterno Filho de Deus, já veio a este mundo, como alguém especialmente comissionado por Deus, o Pai. Ele nasceu de uma virgem, curou enfermos e ressuscitou mortos; ao ser crucificado e morto, sofreu o castigo que os pecadores mereciam; ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia e agora está entronizado, com poder, à direita de Deus.

Ele virá a este mundo novamente. Mas, naquela ocasião, será em glória, com todos os anjos de Deus. Sua volta não será apenas uma manifestação espiritual; Ele retornará em forma física, de modo que todos os homens O vejam. Eles saberão que é o próprio Senhor Jesus e não outra pessoa qualquer (Mt 24.27-44).

2. Os mortos serão ressuscitados
Deus, que no princípio criou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida, trará de volta à vida todas as pessoas que já viveram na face da terra. O mar entregará os seus mortos. Os sepulcros serão esvaziados. Deus, por intermédio de seu poder criativo, fará os mortos reviverem (Ap 20.11-15).

3. Os céus e a terra que agora conhecemos serão destruídos
Deus prometeu que águas de dilúvio jamais cobrirão a terra outra vez. Enquanto a terra existir, haverá dia e noite, e as estações do ano continuarão. Mas virá o dia em que toda a terra, outros planetas e estrelas distantes serão destruídos (2 Pe 3.1-12).

4. Novos céus e uma nova terra serão criados
Deus não será frustrado em seu plano de estabelecer um mundo onde não existe pecado, tristeza e dor. Após destruir este mundo corrompido, juntamente com toda a sua depravação e pecaminosidade, Ele criará novos céus e nova terra. Nestes haverá beleza e harmonia em todos os lugares. Santidade e amor estarão presentes em todos os relacionamentos. O pecado e o mal já não mais existirão nos corações dos homens (2 Pe 3.13).

5. Será realizado um grande julgamento
Todas as criaturas, tanto anjos como homens, se apresentarão diante de Deus a fim de prestarem contas de tudo que houverem feito. Quando as cortinas forem abertas para este último julgamento, as pessoas serão posicionadas à direita ou à esquerda do trono de Deus. Os que estiverem à direita desfrutarão de bênçãos eternas; serão recompensados de acordo com as boas obras que realizaram.

Mas os que estiverem à esquerda serão condenados à eterna perdição e banidos da presença de Deus. Serão punidos com justiça de acordo com as obras ímpias que praticaram (Mt 25.32-46).

6. Será iniciada a última Era, que continuará por toda a eternidade
Na eternidade passada, a terra não existia. Então, Deus falou e um mundo perfeito veio à existência (Gn 1.31). Todavia, a rebeldia dos primeiros seres humanos contra a autoridade de Deus trouxe o mundo a uma condição de depravação pecaminosa. Em sua misericórdia, Deus prometeu enviar um Salvador, que venceria o diabo e as forças malignas (Gn 3.15). No tempo certo, Jesus Cristo veio ao mundo. Após consumar sua obra redentora, Ele comissionou seus seguidores a propagar as boas-novas sobre a salvação a todos os confins da terra (Mt 28.18-20).

Estas são as grandes épocas que o mundo, nossa habitação, tem experimentado até agora. Mas ainda falta uma grande Era. Esta continuará para sempre. Nesta última Era, pureza e paz existirão em perfeição. Jesus Cristo será honrado pelos homens e os anjos por causa da grande obra de redenção que Ele realizou (Fp 2.9-11; Ap 5.8-14).

Esta última Era surgirá em breve. Através de arrepender-se de seus pecados e crer no Senhor Jesus Cristo, como o Salvador dos pecadores, você pode desfrutar dessas bênçãos de Deus, por toda a eternidade. A porta da oportunidade está aberta a todos os que vierem a Cristo.

O Estado Final dos Justos

Por Louis Berkhof


1. A NOVA CRIAÇÃO. O estado final dos crentes será precedido pelo passamento do presente mundo e pelo surgimento de uma nova criação. Mt 19.28 fala da "regeneração" e At 3.21, da "restauração de todas as cousas". Em Hb 12.27 lemos: "Ora, esta palavra: Ainda um vez por todas, significa a remoção dessas cousas abaladas (céus e terra), como tinham sido feitas, para que as cousas que não são abaladas (o reino de Deus) permaneçam". Diz Pedro: "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça", 2 Pe 3.13, cf. vers. 12; e João teve uma visão dessa nova criação, Ap 21.1. Somente depois que a nova criação estiver estabelecida é que a nova Jerusalém descerá dos céus, da parte de Deus, o tabernáculo de Deus será montado entre os homens e os justos adentrarão o seu gozo eterno. Muitas vezes é levantada a questão sobre se essa criação será inteiramente nova ou se será uma renovação da presente criação. Os teólogos luteranos apóiam fortemente a primeira posição acima, recorrendo a 2 Pe 3.7-13; Ap 20.11 e 21.1, ao passo que os teólogos reformados (calvinistas) preferem a segunda idéia, para a qual encontram apoio em Sl 102.26,27 (Hb 1.10-12) e Hb 12.26-28.


2. HABITAÇÃO ETERNA DOS JUSTOS. Muitos concebem também o céu como uma condição subjetiva, que os homens podem desfrutar no presente e que, seguindo a justiça, naturalmente se tornará permanente no futuro. Mas aqui também se deve dizer que a Escritura apresenta o céu como lugar. Cristo ascendeu ao céu, o que só pode significar que ele foi de um lugar para outro. O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há muitas mansões, Jo 14.1, e esta descrição dificilmente seria válida para uma condição. Além disso, diz a Escrituras que os crentes estão dentro, enquanto que os incrédulos estão fora, Mt 22.12,13; 25.10-12. A Escrituras nos dá motivos para acreditarmos que os justos herdarão, não somente o céu, mas a nova criação inteira, Mt 5.5; Ap 21.1-3.


3. A NATUREZA DA SUA RECOMPENSA.A recompensa dos justos é descrita como vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, ma a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida, Mt 25.46; Rm 2.7. A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna, Ap 21.3. Eles verão a Deus em Jesus Cristo face a face, encontrarão plena satisfação nele, alegrar-se-ão nele e O glorificarão. Contudo, não devemos pensar que as alegrias do céu são exclusivamente espirituais. Haverá alguma coisa correspondente ao corpo. Haverá reconhecimento e relações sociais num plano elevado. Também é evidente na Escritura que haverá gruas na bem-aventurança do céu, Dn 12.3; 2 Co 9.6. Nossas boas obras serão a medida da recompensa que recebermos pela graça, embora elas não a mereçam. Apesar disso, porém., a alegria de cada indivíduo será perfeita e completa.


Autor: Louis Berkhof
Fonte: Teologia Sistemática do autor, p. 742,743, Ed Cultura Cristã (CEP).

O Estado Final dos Ímpios

Por Louis Berkhof

Há especialmente três pontos que requerem consideração aqui;


1. O LUGAR PARA O QUAL OS ÍMPIOS SERÃO ENVIADOS. Na teologia dos dias atuais há uma evidente tendência, nalguns círculos, de eliminar a idéia de punição eterna. Os extincionistas[aqueles que crêem no aniquilamento], que ainda estão representados em seitas como o adventismo e a "aurora do milênio", e os defensores da imortalidade condicional, negam a existência perpétua dos ímpios e, com isso, tornam desnecessário um lugar de punição eterna. Na teologia "literal" moderna, a palavra "inferno" é geralmente considerada como um designativo figurado de uma condição puramente subjetiva, na qual os homens podem achar-se mesmo enquanto na terra, e a qual pode tornar-se permanente no futuro.


Mas essas interpretações certamente não fazem justiça aos dados da Escritura. Não pode haver dúvida razoável quanto ao fato de que a Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios, Mt 24.5; 25.30, 46; Lc 16.19-31. Além disso, em conexão com o tema do "inferno", a Bíblia emprega expressões indicativas de lugar o tempo todo. Ela dá ao lugar de tormento o nome de geena, nome derivado do hebraico ge (terra, ou vale) e hinnom ou beney hinnom, isto é, Hinnom ou Filho de Hinnom. Esse nome foi aplicado originalmente a um vale sito a sudoeste de Jerusalém. Era o lugar em que os ímpios idólatras sacrificavam seus filhos a Moloque, fazendo-os passar pelo fogo. Daí era considerado impuro e, em tempos mais recentes, era denominado "vale de tophet" (escarro), como uma região completamente desprezada. Como resultado, veio a ser um símbolo de lugar de tormento eterno.Mt 18.9 fala de ten gennan tou pyros, a geena de fogo, e esta expressão forte é empregada como um sinônimo de to pyr to aionion, o fogo eterno, que aparece no versículo anterior. A Bíblia fala também de uma "fornalha acessa", Mt 13.42, e de um "lago de fogo" (ou "do fogo"), Ap 20.14,15, que se contrasta com o "mar de vidro, semelhante ao cristal", Ap 4.6. Os termos "prisão". 1 Pe 3.19, "abismo", Lc 8.31 e "tártaro", 2 Pe 2.4 (margem), também são empregados. A Escrituras se refere aos excluídos do céu dizendo que estão fora (na trevas exteriores) e que são lançados no inferno. A descrição registrada em Lc 16.19-31 é, por certo, inteiramente descritiva de lugar.


2. O ESTADO NO QUAL CONTINUARÃO SUA EXISTÊNCIA. É impossível determinar precisamente o que constituirá a punição eterna dos ímpios, e os convém falar mui cautelosamente sobe o assunto. Positivamente se pode dizer que consistirá em (a) ausência total do favor de Deus, (b) uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado; (c) dores e sofrimentos positivos no corpo e alma; e (d) castigo subjetivo, como agonias da consciência, angústia, desespero, choro e ranger de dentes, Mt 8.12; 13.50; Mc 9.43,44,47,48; Lc 16.23,28; Ap 14.10; 21.8. Evidentemente, haverá graus na punição dos ímpios. Isto se deduz de passagens como Mt 11.22, 24; Lc 12.47,48; 20.17. Sua punição será proporcional ao seu pecado contra a luz que receberam. Mas, não obstante será punição eterna para todos eles. Esta verdade é exposta claramente na Escritura, Mt 18.8; 2 Ts 1.9; Ap 14.11; 20.10. Alguns negam que haverá fogo literal, porque este não poderia afetar espírito como Satanás e seus demônios. Mas, como podemos sabê-lo? Nosso corpo certamente age em nossa alma de algum modo misterioso. Haverá alguma punição positiva correspondente aos nossos corpos. É indubitavelmente certo, porém, que uma grande parte da linguagem referente ao céu e ao inferno dever ser entendida figuradamente.


3. DURAÇÃO DA PUNIÇÃO. Contudo, a questão da eternidade da punição futura merece consideração mais especial, por ser freqüentemente negada. Dizem que as palavras empregadas na Escritura para "sempiterno" e "eterno" podem denotar simplesmente uma "era" ou uma "dispensação", ou algum outro longo período de tempo. Ora, não se pode negar que são empregadas desse modo nalgumas passagens, mas isto não prova que sempre tenham este sentido limitado. Não é este o sentido literal desses termos. Sempre que são empregados assim, o são empregados figuradamente, e, nesses casos, o seu uso figurado é geralmente esclarecido pelo contexto. Além disso, há razões positivas para se pensar que essas palavras não têm aquele sentido limitado nas passagens a que nos referirmos. (a) Em Mt 25.46 a mesma palavra descreve a duração, tanto da bem-aventurança dos santos como da penalidade dos ímpios. Se esta não for, propriamente falando, interminável, tampouco o será aquela; e, todavia, muito dos que duvidam da punição eterna, não duvidam da felicidade eterna. (b) São empregadas outras expressões que não podem ser postas de lado pela consideração mencionada acima. O fogo do inferno é chamado "fogo inextinguível", Mc 9.43; e dos ímpios se diz que "não lhes morre o verme", Mc 9.48. Além disso, o abismo que separará santos e pecadores no futuro é descrito como fixo e intransponível, Lc 16.26.


Autor:Louis Berkhof
Fonte: Teologia Sistemática do autor, p. 741,742, Ed Cultura Cristã (CEP).

O Nascimento do Rei

Por Rev. Hernandes Dias

O nascimento do Rei chegou. O Natal é uma festa de grande alegria. Traz glória a Deus no céu e alegria na terra entre os homens. O anjo disse aos pastores de Belém: “Não temais, porque vos trago novas de grande alegria para todo o povo; é que hoje na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Os céus de Belém se cobriram de anjos e uma música ecoou desde as alturas: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama” (Lc 2.14). Devemos celebrar o nascimento de Jesus com entusiasmo, com gratidão e com louvor em nossos lábios. O Natal foi planejado na eternidade. Foi prometido no tempo. Anunciado pelos profetas. Cumprido na plenitude dos tempos. Deus entrou em nossa história, encarnou-se, vestiu a nossa pele e calçou as nossas sandálias. Jesus veio ao mundo não apenas para estar ao nosso lado, mas para ser o nosso substituto. O Rei dos reis fez-se servo. Sendo rico, tornou-se pobre. Sendo santíssimo, fez-se pecado. Sendo o autor da vida, morreu em nosso lugar.

O nascimento do Rei foi um golpe no orgulho dos poderosos. O Rei dos reis não entrou no mundo vestido das glórias celestiais. Ele não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Não pisou tapetes aveludados, mas andou pelas estradas poeirentas da Palestina. Não usou um cetro de ouro, mas empunhou um cinzel na dura faina de uma carpintaria. Não veio ostentando poder, mas esvaziou-se e tornou-se servo. Não reivindicou seus direitos, mas humilhou-se até a morte e morte de cruz.

O nascimento do Rei aponta-nos para o insondável amor de Deus. Ele nos amou desde toda a eternidade. Deus nos amou não porque merecíamos ser amados. Amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Ele amou-nos sendo nós filhos da ira. Amou-nos e deu-nos seu Filho Unigênito. Deu-o como oferta pelo nosso pecado. Entregou-o para ser cuspido pelos homens e ser pregado numa cruz como nosso substituto.

O nascimento do Rei revela que há uma estreita conexão entre a manjedoura e a cruz. O Rei da glória entrou no mundo como o Cordeiro de Deus. Ele nasceu para morrer. Jesus é o nosso Cordeiro Pascal. Ele foi imolado em nosso lugar. Seu sangue foi vertido para expiar os nossos pecados. É pela sua morte que recebemos vida. É pelo seu sacrifício que somos perdoados, remidos e reconciliados com Deus.

O nascimento do Rei abriu-nos o caminho de volta para Deus. Ele mesmo é o caminho do céu. Ele é a porta da glória. Por meio dele temos livre acesso ao Pai e podemos entrar confiadamente na presença daquele que está assentado no trono. É por meio de Jesus que somos reconciliados com Deus. É por meio de Jesus que recebemos vida em abundância. É por meio de Jesus que somos adotados na família de Deus, somos feitos filhos de Deus, e nos tornamos herdeiros de Deus.

O nascimento do Rei é a festa da vida e da salvação. Precisamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos devolver o Natal ao seu verdadeiro dono. Precisamos como os magos do Oriente, ir a Jesus para adorá-lo, depositando a seus pés os nossos melhores tesouros, pois ele é digno de receber toda honra, toda glória e todo o louvor.
 

Aniversariantes IECMS dezembro 2012

02/12 Bruno Ferreira
14/12 Cleciana Alves
20/12 Daniela Silva
24/12 Divane Oliveira
24/12 Giselle Feitosa
31/12 Cleudson Lima

Aniversário Casamento:

22/12 Sandro e Viviane Aragão
30/12 Paulo e Carmen Aragão

Boa Leitura!

Livro: O que estão fazendo com a Igreja.
Dentre as centenas de textos postados no http://tempora-mores.blogspot.com.br/, Dr. Augustus Nicodemus selecionou alguns dos seus para se projetarem além da blogosfera, e assim oferecer suas percepções sobre a igreja evangélica e sobre o que entende ser a ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro.

Liberais, neo-ortodoxos, libertinos e neopentecostais, não escapam da escrita certeira de Augustus, cujo objetivo com a publicação de O que estão fazendo com a igreja vai muito além da simples (e saudável) polêmica. Seu desejo é fortalecer os que insistem em seguir a fé bíblica conforme entendida pelo cristianismo histórico. Sem esquecer as mazelas de conservadores, fundamentalistas e neopuritanos, Augustus traça um panorama do complexo cenário evangélico com a firmeza que lhe é peculiar.
 

Onde estão os finados?

Por Rev. Augustus Nicodemos
 
Eu sei que a resposta óbvia é "enterrados no cemitério", mas eu me refiro à alma dos finados. A resposta bíblica pode ser resumida em alguns pontos, que não pretendem ser exaustivos, mas que representam o pensamento evangélico histórico e reformado sobre o que acontece após a morte.
 
  • Imediatamente após a morte, as almas dos homens voltam a Deus. Seus corpos permanecem na terra, onde são destruídos.
  • As almas dos finados não caem em um estado de sono ou de inconsciência após a morte.
  • As almas dos salvos em Cristo Jesus entram em um estado de perfeita santidade e alegria, na presença de Deus, e reinam com Cristo, enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos.
  • Esta felicidade não é impedida pela memória de suas vidas na terra, uma vez que agora eles consideram tudo à luz de perfeita vontade de Deus e do Seu plano perfeito.
  • Sua felicidade e salvação é somente pela graça de Deus.
  • Eles não têm poder de interceder pelos vivos ou tornar-se mediadores entre eles e Deus.
  • As almas dos perdidos não são destruídas após a morte, mas entram em um estado de sofrimento consciente e de escuridão, tirados da presença de Deus, enquanto esperam o dia do julgamento.
  • Não há outros estados além destes dois após a morte. Não há qualquer base bíblica para a doutrina do purgatório e nem da reencarnação.
  • Nem as almas dos salvos nem as dos perdidos podem voltar para a terra dos vivos após a morte. Todas os fenômenos considerados como a ação de almas desencarnadas deve ser atribuída à imaginação humana ou à ação de demônios.
A realidade da morte e da sobrevivência da alma deveria nos lembrar sempre das palavras de Jesus: "De que adiante ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?"
______________________________
 

Como Não Cometer Idolatria ao Dar Graças

Jonathan Edwards e a verdadeira ação de graças
Por John Piper

Tradução: Marina Boscato; Revisão: Felipe Sabino
Jonathan Edwards tem uma palavra para o nosso tempo, que dificilmente seria mais penetrante se ele estivesse vivo hoje. Tem a ver com o fundamento da gratidão.
 
“A verdadeira gratidão ou agradecimento a Deus, por sua bondade para conosco, surge de um fundamento lançado antes: amar a Deus pelo que Ele é em si mesmo; enquanto a gratidão natural não tem tal fundamento antecedente. As comoções graciosas de afeição grata para com Deus, pela bondade recebida, sempre procedem de um estoque de amor já presente no coração, estabelecido em primeiro lugar sobre outro fundamento, a saber, a própria excelência de Deus”.
 
Em outras palavras, a gratidão que agrada a Deus não é, em primeiro plano, um deleite nos benefícios dados por Deus (embora isso faça parte dela). A verdadeira gratidão deve estar enraizada em algo que vem antes, isto é, um deleite na beleza e na excelência do caráter de Deus. Se isto não for o fundamento de nossa gratidão, então não está acima do que o “homem natural” – sem o Espírito e a nova natureza em Cristo – experimenta. Nesse caso, a “gratidão” a Deus não Lhe é mais agradável do que todas as outras emoções que os incrédulos têm sem deleitarem-se nele.
 
Você não seria honrado se eu lhe agradecesse freqüentemente pelos seus dons para comigo, mas não tivesse consideração espontânea e profunda por você como pessoa. Você se sentiria insultado, não importando o quanto eu lhe agradecesse por seus dons. Se o seu caráter e personalidade não me atraíssem, nem me dessem alegria de estar na sua presença, você se sentiria usado, como uma ferramenta ou uma máquina para produzir as coisas que eu realmente amo.
 
O mesmo acontece com Deus. Se não somos atraídos por Sua personalidade e caráter, todas as nossas declarações de gratidão são como a gratidão de uma esposa ao marido pelo dinheiro que ela recebe dele para usar em seu relacionamento com outro homem. Esta é exatamente a figuraapresentada em Tiago 4:3-4. Tiago critica os motivos da oração que trata a Deus como um marido de adúltera: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Por que ele chama essas pessoas que oravam de adúlteras? Porque, embora estivessem orando, estavam abandonando seu marido (Deus) e indo atrás de um amante (o mundo). E para piorar as coisas, estavam pedindo a seu marido (em oração) que financiasse o adultério.

Surpreendentemente, esta mesma dinâmica espiritual deficiente é verdadeira, às vezes, quando as pessoas agradecem a Deus por ter mandado Cristo para morrer por elas. Talvez você já tenha ouvido alguém dizer o quanto devemos ser gratos pela morte de Cristo, porque ela nos mostra o grande valor que Deus nos deu. Qual é o fundamento desta gratidão?

Jonathan Edwards chama isso de gratidão de hipócritas. Por quê?
Porque, “primeiro eles se regozijam e se elevam com o fato de que são muito estimados por Deus; e então, sobre esse fundamento, Deus lhes parece de certa forma amável… Eles se alegram no mais alto grau em ouvir o quanto Deus e Cristo os estima. Portanto, o gozo deles é na verdade um gozo em si mesmos, e não em Deus”.

É chocante descobrir que uma das descrições mais comuns, hoje, sobre como responder à cruz, pode ser uma descrição de amor natural por si mesmo, sem qualquer valor espiritual.

Faremos bem em dar ouvidos a Jonathan Edwards. Ele não estava apenas nos explicando a verdade bíblica de que devemos fazer todas as coisas, incluindo dar graças, para a glória da Deus (Coríntios 10:31)? E Deus não é glorificado se o fundamento da nossa gratidão é o valor do dom, e não a excelência do Doador. Se a gratidão não está enraizada na beleza de Deus antes do dom, ela provavelmente é uma idolatria disfarçada. Que Deus nos conceda um coração que se deleite nele por aquilo que Ele é, para que toda a nossa gratidão por seus dons seja o eco da alegria na excelência do Doador!
 
http://www.monergismo.com/textos/vida_piedosa/cometer-idolatria-gracas_piper.pdf

Conferências Reformadas Recife 2013


As inscrições para as Conferências Reformadas em Recife encontram-se abertas.
Você pode inscrever-se através do blog http://ospuritanos.blogspot.com.br/ 
As vagas são limitadas!
 

ONG PÃO É VIDA

 
Faça parte desse evento para expansão das ações no Sertão do Moxotó.
Domingo, dia 11 novembro, às 12h00, será realizado o 1º Almoço Beneficente da ONG PÃO É VIDA aqui no Agreste de Pernambuco. O almoço será no Cabana Club, em Santa Cruz do Capibaribe, PE.

Auxiliadoras Congregacionais


Nos dias 20 e 21 de outubro de 2012 a União de Auxiliadoras Congregacionais de nossa Igreja estiveram agradecendo a Deus por mais um ano de abnegado serviço.
O Pr. Anacleto Inácio foi o pregador.
 

O Fruto do Espírito

Por Adam Clarke
Gálatas 5:22,23
Tanto a carne (as disposições pecaminosas do coração e do espírito humano), como o estado transformado e purificado da alma, pela graça de Deus, são representados pelo apóstolo como árvores, uma produzindo bom fruto e outra produzindo mau fruto. A semente má produz uma árvore má, produzindo toda maneira de fruto mau; a boa semente produz uma boa árvore, produzindo frutos dos mais excelentes tipos.
Amor - agaph· Um desejo intenso de agradar a Deus, e para fazer o bem à humanidade; a própria alma e espírito de toda verdadeira religião; o cumprimento da lei, e que dá energia à própria fé. Veja Gálatas 5:6.
Alegria - cara· A exultação que emerge de um senso da misericórdia de Deus comunicada à alma no perdão de suas iniqüidades, e o prospecto daquela glória eterna da qual ele teve o antegozo no perdão dos pecados. Veja Romanos 5:2.
Paz - eirhnh· A calma, sossego e ordem que tomam lugar na alma justificada, ao invés de dúvidas, temores, alarmes e terríveis apreensões, que todo verdadeiro penitente sente mais ou menos, e deve sentir até que a certeza do perdão traga paz e satisfação à mente. Paz é o primeiro fruto perceptível do perdão do pecado. Veja Romanos 5:1.
Loganimidade - makroqumia· Tolerância, suportando as implicações e provocações dos outros, à partir da consideração de que Deus tem sido longânimo para com as nossas; e que, se Ele não tivesse sido, já teríamos sido prontamente consumados: suportando também todas as tribulações e dificuldades da vida sem murmurar ou reclamar; submetendo alegremente a toda dispensação da providência de Deus, e assim, derivando benefício de todo acontecimento.
Benignidade - crhstothv· Delicadeza, afabilidade; uma graça muito rara, freqüentemente ausente em muitos que têm uma porção considerável da excelência cristã. Uma boa educação e maneiras polidas, quando trazidas sob a influência da graça de Deus, trará esta graça com grande efeito.
Bondade - agaqwsunh· O desejo perpétuo e estudo sincero, não só de abster-se de toda aparência do mal, mas de fazer o bem aos corpos e almas dos homens ao extremo da nossa capacidade. Mas tudo isso deve fluir de um coração bom - um coração purificado pelo Espírito de Deus; e então, a árvore sendo feito boa, o fruto deve ser bom também.
- pistiv, aqui usado para fidelidade - pontualidade no cumprimento de promessas, cuidado consciente em preservar aquilo que é comprometido à nossa confiança, em restaurá-lo ao seu proprietário devido, em manejar o negócio nos confiado, nem trair o segredo de nosso amigo, nem desapontar a confiança de nosso patrão.
Mansidão - praothv· Brandura, indulgência para com o fraco e errante, sofrimento paciente de injúrias sem sentir um espírito de vingança, um equilíbrio de todos os temperamentos e paixões, o contrário completo da ira.
Temperança - egkrateia· Continência, domínio próprio, principalmente com respeito aos apetites sensuais ou animais. Moderação no comer, beber, dormir, etc.
Contra estas coisas não há lei - Aqueles, cujas vidas são adornadas pelas virtudes acima, não podem ser condenados por qualquer lei, pois o propósito e desígnio inteiro da lei moral de Deus é cumprido naqueles que têm o Espírito de Deus, produzindo em seus corações e vidas os frutos precedentes.
 
Por Adam Clarke - www.monergismo.com

Uma Boa Leitura


Livro: O que é uma igreja saudável? De Mark Dever

O que é uma igreja ideal? Como você pode descrevê-la? Mark Dever procura ajudar os cristãos a reconhecer as características essenciais de uma igreja. Dever desafia todos os crentes a fazerem sua parte no cuidado da igreja local. Ele oferece princípios práticos para ajudar-nos a cumprir nosso papel, dado por Deus, no corpo de Cristo. Encontre: www.editorafiel.com.br


Aniversariantes IECMS novembro 2012

04/11 Jefferson Gomes
04/11 Maurício Lima
06/11 Albanita Salviano
06/11 Aline Xavier
11/11 José Carlos da Silva
20/11 Maria de Lourdes Lima
20/11 Givaldo Feitosa
26/11 Janaina Larice
27/11 Silvia Cristiane
28/11 Marita Aragão
29/11 Gizelda Ferraz
30/11 Maria das Graças Alves

Casamento
15/11 Edjane e Luciano

Mais Um Ano de Vida Eclesiástica


A Igreja estará prestando culto em Ação de Graças no dia 18/11, às 19h00, por mais um ano de vida eclesiástica.
Nossa Igreja foi organizada oficialmente em 17 de novembro de 1990. Antes disso, passou cerca de 06 anos funcionando informalmente na residência de Damiana Bezerra com a frequência de Jaime Queiroz, Paulo Lagos, Beatriz Alves e Auta Queiroz. Depois desse tempo, funcionou como congregação num salão de Givaldo Feitosa, tendo a assistência do Pr. Silas Lagos. Passado esse período veio a construção do templo, e então, a emancipação como Igreja sob a liderança do Pr. Arnóbio Bernardino. A primeira Liderança da IECMS estava composta assim – Pastor: Arnóbio Bernardino; Presbítero: Jaime Queiroz; Diáconos: Paulo Nascimento e Givaldo Feitosa; Pres. Patrimônio: Jordão Félix; Secretário: José Otávio; Tesoureiro: Paulo Nascimento.

Pastor Africano na IECMS


Tivemos o prazer de receber em nossa Igreja durante a EBD do dia 28/10, o Pr. Carlos Alberto (Pr. Beto), de Guiné Bissau, África. Vimos a providência divina em ação suprindo necessidades reais e urgentes de nossos irmãos africanos.

União de Auxiliadoras Congregacionais (UAC) em Gratidão



Nos dias 20 e 21 de outubro de 2012 o Departamento de Auxiliadoras (UAC) prestará à Deus ação de graças juntamente com toda Igreja (IECMS) por mais um ano de organização. O Pr. Anacleto Inácio, ministro Congregacional, estará expondo a Palavra de Deus.
Os cultos serão realizados no sábado (20), às 20h00; e no domingo (21), às 09h30 e às 19h00.
Convidem familiares e amigos!!!

Refletindo sobre a Reforma Protestante


Em 31 de outubro de 1517 aconteceu a renomada Reforma Protestante, um relevante marco na história na Igreja Cristã.

Dia 28 de outubro de 2012, às 19h00, a IEC Monte Sião prestará culto em gratidão a Deus pela herança doutrinária, exemplo de vida e dedicação missionária deixada pelos Reformadores. O preletor será o Pr. Magno Marcouse, ministro Congregacional e diretor do Seminário Teológico Congregacional da Aliança (STEC) em Caruaru PE.
 

Entrevista: Criacionismo e Cristianismo

Dr. Augustus Nicodemus G. Lopes
 
Doutorou-se em Hermenêutica e Estudos Bíblicos (Ph.D.,NT) no Westminster Theological Seminary, Estados Unidos (1993). É Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de vários livros, entre eles "Calvino, o Teólogo do Espírito Santo" (1996), "O que Você Precisa Saber sobre Batalha Espiritual" (1997), "Calvino e a Responsabilidade Social da Igreja" (1997), "A Bíblia e a Sua Família" (2001), "O Culto Espiritual" (2001), "A Bíblia e Seus Intérpretes" (2004), além de diversos artigos.

Em entrevista exclusiva, Augustus Nicodemus explica a relação entre o criacionismo e o cristianismo.

Qual tem sido o entendimento atual da igreja acerca da discussão criacionismo/darwinismo?
Aqui no Brasil esta questão está iniciando. Mas, a tendência é crescer. Conforme um próprio articulista ateu evolucionista da
Folha de São Paulo admite, o criacionismo está crescendo no Brasil. Os evangélicos não são bem informados sobre o assunto porque não há pregação e ensino sobre isto na grande maioria das igrejas e nas escolas onde estudaram só aprenderam o evolucionismo. Não é de admirar que muitos jovens evangélicos percam a fé quando entram na universidade, onde são confrontados com uma visão de mundo evolucionista, naturalista e atéia. Mas, eu diria, que as pesquisas mostrariam que a grande maioria dos evangélicos no Brasil acredita que o mundo originou-se como o livro de Gênesis relata. Nos Estados Unidos, onde esta pesquisa foi feita recentemente, a maioria dos americanos continua crendo no relato bíblico [nota do blogueiro: ver artigo sobre pesquisa com pastores protestantes nos EUA aqui]. O que as igrejas precisam fazer é promover mais encontros e eventos sobre o assunto e dissipar os mitos em torno tanto do evolucionismo quanto do criacionismo.

Dr. John MacArthur, teólogo norte-americano, acredita que rejeitar uma criação literal de 6 dias é um erro teológico sério, pois ataca a autoridade da Bíblia (ver
aqui). O senhor concorda?
Fica difícil discordar de Dr. MacArthur, um homem muito culto e preparado e um dos escritores mais lidos e conhecidos nos meios evangélicos internacionais de hoje. Para mim o problema é o seguinte: se o relato dos seis dias não quer dizer o que parece dizer, então quer dizer o quê? Quais as alternativas à leitura natural da narrativa de Gênesis 1-2? E se o relato da criação não é literal, podemos dizer que o relato da queda do homem em Gênesis 3, que vem logo na sequência, também não é literal? Afinal, Adão existiu ou não? Houve realmente um momento histórico em que o primeiro casal caiu de um estado de inocência em que foi criado? A resposta a estas questões vai afetar profundamente a soteriologia e a cristologia do Novo Testamento, que assume a historicidade do relato da criação e da queda em Gênesis 1-3 como justificativa para a encarnação, morte e ressurreição de Cristo, como Paulo escreve em Romanos 5 e 1Coríntios 15, ao fazer um paralelo entre Adão e Cristo.

Por que muitos cristãos encontram-se confusos com relação ao criacionismo?
Talvez por que não entendam direito a sua Bíblia, as implicações da teoria da evolução para a visão cristã de mundo e nem os argumentos a favor da criação que têm sido levantados e defendidos por cientistas cristãos sérios mundo afora.

Quais são as implicações práticas dessa confusão na igreja?A mais importante é que os jovens cristãos ficam sem um fundamento sólido para responder aos ataques dos ateus e evolucionistas nas salas das escolas e principalmente das universidades, e não poucos acabam cheios de dúvidas ou sem acreditar em mais nada.

Augustus, para terminar. Como o criacionismo tem influenciado a sua vida cristã?Se estamos definindo criacionismo como o entendimento de que o mundo e a raça humana originaram-se conforme o relato de Gênesis 1-2 e do restante da Bíblia, eu diria que este entendimento é a base de todas as demais crenças que tenho acerca da realidade que me cerca e das pessoas com quem convivo. Mais, é a base para a avaliação e compreensão que tenho de mim mesmo como ser humano, minhas limitações e fraquezas, os anseios da minha alma pela transcendência e minha capacidade de crer e confiar em Deus e no seu Filho Jesus Cristo. Sou um ser humano criado à imagem do Criador do universo. Saber isto faz toda a diferença em minha vida, pois entre outras coisas me traz uma base epistemológica para apreciar e defender os valores como o amor ao próximo, a misericórdia e o perdão, a bondade, a busca da paz e da justiça e da defesa da vida humana e do meio ambiente.
_________________________________
 

Pr. João Carlos Partiu para o Senhor


Todos os que fazem a IECMS sentem profundamente a perda do Pr. João Carlos de Araújo Santos, que dedicou alguns anos de sua vida como pastor efetivo de nossa Igreja. 
Partiu para estar com o Senhor aos 44 anos, no sábado, 29/09/2012, às 20h00, em Campina Grande PB, depois de relutar incansavelmente pela vida durante 40 dias numa Unidade Hospitalar devido a complicações no sangue e fígado. O sepultamento se deu no domingo (30), às 16h00, na presença de dezenas de pastores e missionárias de sua convivência, bem com, centenas de irmãos em Cristo de diferentes denominações. Resta-nos agora, além da lembrança, olhar para sua família (esposa e filhos) com dedicada atenção e benevolência.
"Porquanto, para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro"  (Fp.1:21).
 

Céu

Apocalipse 21:1: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”.

“Céu é o termo bíblico para designar o lugar de habitação de Deus (Sl 33.13-14; Mt 6.9), o lugar de sua presença para onde o Cristo glorificado retornou (At 1.11). A Igreja militante e a Igreja triunfante se unem ali para o culto (Hb 12.22-25), e, um dia, o povo de Deus estará ali com Cristo para sempre (Jo 17.5,24; 1Ts 4.16-17). O céu é o lugar de descanso de Deus (Jo 14.2). É descrito como uma cidade (Hb 11.10) e uma pátria (Hb 11.16.

Pensar no céu como um lugar é mais correto do que errado, ainda que a palavra (lugar) possa enganar. As Escrituras descrevem o céu como uma realidade espacial que toca e interpenetra o espaço criado. Segundo a Carta aos Efésios, o trono de Cristo à direita do Pai (Ef 1.20) e a vida dos cristãos em Cristo estão ambos nos lugares celestiais (Ef 1.3,20; 2.6). Paulo alude à sua experiência no terceiro céu ou paraíso (2Co 12.2,4). Um corpo ressurreto, adaptado à vida do céu, nos espera (2Co 5.1-8). Enquanto estamos em nosso corpo atual, as realidades do céu são invisíveis para nós, e só as conhecemos pela fé (2Co 4.18; 5.7). A esperança fundada sobre o que a fé vê dá-nos coragem para perseverar (Rm 8.25; conforme Gl 5.5; 1Jo 3.3).

Podemos formar uma idéia da perfeita vida do céu baseados naquilo que conhecemos imperfeitamente agora (1Co 13.12). Nossa comunhão com Deus e com outros cristãos jamais se quebrará (Sl 23.6). Segundo o Apocalipse, lá não haverá lágrimas, tristeza ou morte (Ap 21.4). Segundo a Carta aos Romanos, a própria terra, com a vida sobre ela, está sujeita à vaidade por causa do pecado (Rm 8.20). Através do Espírito, sabemos que esta corrupção será destruída, e as possibilidades vagamente percebidas na criação decaída serão realizadas na liberdade da glória dos filhos de Deus (Rm 8.21).

Segundo o Breve Catecismo, fomos criados para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. As coroas, festas e celebrações da vitória descritas nas Escrituras colocam um aspecto dessa alegria diante dos nossos olhos. O triunfo do Cordeiro que foi morto e de seus santos com ele (Ap 5.6; 14.1) é outro aspecto. No centro está a união de Deus com seu povo (Ap 22.4). Esta era a promessa da aliança (Jr 30.22), e está destinada a ser realizada de um modo que vai além da nossa imaginação (Ef 2.7; 3.9; conforme 1Co 2.9).
________________________________

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1548.
 

Qual é a Condição e a Atividade das Almas no Céu?

 
Por William Hendriksen
Apocalipse 7.9-17


1. Sua Condição
Nunca será suficiente o bastante enfatizar que os redimidos no céu, no momento entre sua morte terrena e sua completa ressurreição, não tenham contudo atingido a última glória. Eles estão vivendo no que geralmente é chamado de �o estado intermediário�, não contudo o estado final. Embora, certamente, eles estejam serenamente felizes, a felicidade delas não é contudo completa.

Sobre este assunto o Dr. H. Bavinck se expressa como segue (minha tradução):
A condição do santificado no céu, embora sempre tão gloriosa, tem um caráter provisório, e isto por várias razões:

a. Eles estão agora no céu, e limitados a este céu, e não contudo em posse da terra que junto com o céu lhes foi prometida como uma herança.

b. Além disso, eles estão privados de um corpo, e esta existência incorpórea não é... um lucro, mas uma perda. Não é um acréscimo, mas uma diminuição do ser, visto que o corpo pertence à essência do homem.

c. E, finalmente, a parte nunca pode estar completa sem o todo. Somente se relacionando à comunhão de todos os santos que a abundância do amor de Cristo pode ser conhecida (Ef 3.18). Um grupo de crentes não pode ser aperfeiçoado sem o outro grupo (Hb 11.40)�. ( Gereformeerde Dogmatiek , terceira edição, Vol. 4, págs. 708, 709)

Nisto nós estamos de comum acordo. Mas isso não significa que entre este estado intermediário e o estado final (depois da ressurreição) há um intervalo completo, um total contraste. Pelo contrário, da mesma maneira que há em muitos aspectos imediatamente uma continuidade entre nossa vida aqui e nossa vida no céu após à morte (veja, por exemplo, João 11.26; Apocalipse 14.13), então também há continuidade entre aquele estado intermediário e o estado final. Estaria então definitivamente errado dizer à respeito dos símbolos das Escrituras que descrevem o estado final que estes não têm nada para nos falar à respeito do estado intermediário. A dourada Jerusalém realmente pertence ao futuro mas também ao presente, até onde este presente pressagie o futuro. (Esta é a posição que eu mantive em meu livro More Than Conquerors, an Interpretation of the Book of Revelation ; veja especialmente as páginas 238 e 243, a qual eu ainda apoio.)

Pensando nisto é então completamente legitimo usar Apocalipse 7.9-17 como base para um estudo sobre o estado intermediário.

Agora, muitas das características achadas aqui em Apocalipse 7 são de um caráter negativo. Nós aprendemos que os redimidos são libertos de todo provação e sofrimento, de toda forma de tentações e perseguição: nunca mais fome, sede, ou calor. Ainda, também há características positivas. O Cordeiro é o seu Pastor. O Cordeiro conduz o rebanho dele às fontes da água da vida. Esta água simboliza a vida eterna, a salvação. As fontes de água indicam a fonte da vida, para que através do Cordeiro os redimidos tenham uma comunhão eterna e ininterrupta com o Pai. Finalmente, o toque mais doce de tudo: �E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima�. Não só as lágrimas são enxugadas, ou até mesmo enxugadas fora ; eles são enxugados fora dos olhos, de forma que nada mais que alegria perfeita, felicidade, glória, doçura, comunhão, vida abundante, sobre. E o próprio Deus é o Autor desta perfeita salvação.

2. Sua Atividade
a. Eles descansam. Veja em Apocalipse 14.13. O corpo, certamente, está em repouso no sepulcro e espera o dia da ressurreição. Mas a alma agora descansa da competição da vida, do trabalho pesado, de se entristecer, da dor, de sua angústia mental e especialmente de seu pecado!

b. Eles vêem a face de Cristo. Veja em Apocalipse 22.4 (claro que, isto será verdade em uma sensação até mais completa após a ressurreição). Os olhos dos redimidos (sim, até mesmo as almas têm olhos; quem negará isto?) são dirigidos à Cristo, como a revelação da Trindade de Deus. Aqui nesta vida terrena nossos olhos são desviados freqüentemente para longe de Cristo. Desta forma, uma pessoa é lembrada como a famosa pintura de Goetze (�Menosprezado e Rejeitado dos Homens�) em qual você nota como todos os olhos são virados longe das dilacerações por lança e da coroa de espinhos do Salvador. Mas no céu nosso Senhor será o mesmo centro de interesse e atenção, porque ele será todo glorioso, e nós já não seremos egocêntricos. Nós não poderemos virar nossos olhos para longe dele.

c. Eles ouvem. Eles não ouvirão os coros gloriosos e hinos descritos no livro de Apocalipse? Cada um dos redimiram não ouvirá o que todos os outros redimidos, ou que os anjos, e o que Cristo lhes tem a falar?

d. Eles trabalham. �Os seus criados o servirão�. Haverá uma grande variedade de trabalho, como está claro em tais versículos como Mateus 25.21, e concluímos também em 1 Coríntios 15.41, 42. Será um trabalho feito com bom grado, alegremente. Não diga que este trabalho é impossível contanto que as almas estejam sem os seus corpos. Os anjos - que também não têm nenhum corpo - não são enviados para realizar tarefas?

e. Eles se regozijam. Porque toda tarefa os estará assim satisfazendo completamente e restaurando, os redimidos cantam enquanto trabalham. Este canto também irá, obviamente, ser diferente após a ressurreição. Ainda assim, não é possível para almas louvar Deus? Não é possível para os redimidos terem �hinos em seus corações?� Além disso, eles entraram �na alegria de seu Senhor !�

f. Eles vivem. Até mesmo durante o estado intermediário o redimido realmente está vivo. Eles não estão sonhando. Nós não devemos conceber estas almas como sombras silenciosas que deslizam por ai. Não, eles vivem e regozijam em uma comunhão abundante e glorioso (sobre qual nós esperamos dizer mais tarde, no capítulo 13). Além disso, é com Cristo que eles vivem. Onde quer que você o ache, você os achará. Tudo que ele faz eles fazem (até onde para eles é possível fazer). Tudo que ele tem, ele compartilha com eles. Se você deseja provas veja em Apocalipse 3.12; 3.21; 4.4; cf. 14.14; 14.1; 19.11; cf. 19.14; 20.4.

g. Eles reinam . Eles compartilham com Cristo em sua glória real.
________________________________
 
Fonte: A Vida Futura Segundo A Bíblia, William Hendriksen, Editora Cultura Cristã.

Martinho Lutero (1483-1546)


Martinho Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483. Sua família era pobre e ele lutou com muita dificuldade para estudar. Preparava-se para ingressar no curso de Direito, quando resolveu tornar-se monge. Entrou para o mosteiro agostiniano de Erfurt, em 1505, antes de completar 22 anos de idade. Dois anos depois foi ordenado sacerdote. No ano seguinte foi para Wittenberg preparar-se para ser professor na recém-criada universidade daquela cidade. Foi lá que Lutero dedicou-se ao estudo das Escrituras. E ao estudar a Epístola aos Romanos, descobriu que “O justo viverá por fé” (Romanos 1.17). Ele já havia feito tudo que a igreja indicava para alcançar a paz com Deus. Mas sua situação interior só piorava. Ao descobrir a graça redentora, entregou-se a Jesus Cristo, pela fé, e encontrou a paz e a segurança de salvação. No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da capela de Wittenberg, as suas 95 teses. Era o início da Reforma. Lutero tentou reformar a igreja, mas Roma não quis se reformar. Antes o perseguiu violentamente. Em 1521 ele foi excomungado. Neste mesmo ano teve que se esconder durante 10 meses no castelo de Wartburgo, perto de Eisenach, para não ser morto. Depois voltou para Wittenberg, de onde comandou a expansão do movimento de reforma. Lutero faleceu em Eisleben, no dia 18 de fevereiro de 1546.
______________________________________

Dia 28 de outubro de 2012, às 19h00, prestaremos culto em gratidão a Deus pela herança doutrinária, exemplo de vida e dedicação missionária deixada pelos Reformadores.