Rev. William Bannister Forsyth

Artigo enviado por Raniere Menezes 
Forum Monergismo.com

Permitam-me compartilhar um dado interessante:
Por volta dos anos de 1930, um missionário congregacional Inglês chamado William Forsyth realizou um trabalho evangelístico na região do Agreste Pernambucano, na região do sítio Porteiras, zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, construiu a primeira Igreja Evangélica da cidade, a Igreja Evangélica Congregacional próximo a vila de Poço Fundo. Tive acesso a alguns documentos dessa igreja e registros de Forsyth. Cheguei a visitar as ruínas dessa igreja histórica, ela está num terreno abandonado, cheio de mato, já sem teto, sem portas e janelas. Hoje alguns congregacionais da região querem junto a prefeitura criar nesse local um museu da 1a igreja evangélica dessa região.

Na oportunidade que tive de conhecer um pouco da história dessa igreja algumas coisas me chamaram a atenção. Alguns bancos de madeira, o púlpito e outros objetos foram preservados por algumas pessoas da antiga igreja em suas casas. Nas ruínas da igreja ainda dá para perceber a mancha na parede provocada pela fumaça do candeeiro que ficava ao lado do púlpito. Imaginei Forsyth pregando ali durante a noite.

Um dado dos mais importantes, por isso escrevo este post, é que Forsyth era um missionário de linha calvinista e ensinava as antigas doutrinas da graça naquela região. Um dos registros é que após uma grande temporada no campo missionário nos povoados do Agreste pernambucano, o missionário recebeu uma visita de um tipo de Conselheiro de Missões que ao ver um povo tão simples e analfabeto sendo doutrinado pelas doutrinas da graça estranhou que tal congregação compreendesse os ensinamentos e sugeriu que Forsyth não ensinasse doutrinas mais profundas como eleição, predestinação e graça soberana. Prontamente Forsyth rebateu e disse que continuaria a pregar toda verdade. -- Acho essa história comovente. – Com certeza ele tinha a confiança na obra de ensino do Espírito Santo nos eleitos.

Algumas observações: Por volta de 1930 o Agreste pernambucano era uma região mais castigada por falta de infraestrutura. A região ainda hoje é difícil de se morar com seu clima semi-árido, solo seco e rachado, presença da caatinga e muito calor. No início dos anos 30 do século passado é registrado um período de grande seca. Um dos registros de Forsyte é que ao fazer missões na região levava apenas o alimento suficiente para uma viagem a cavalo, não levava suprimentos além de uma viagem, pois não queria chegar numa casa estando abastado quando encontrava famílias sem nenhum alimento em seus lares. Muitas vezes, Forsyth e sua esposa, ao evangelizar uma família participavam de “refeições” nessas casas à base de farinha de palma e água barrenta. Conta o missionário que à mesa com esse povo sofrido orava ao Senhor agradecendo o alimento e suas lágrimas se misturavam a farinha no prato.

Ele foi um missionário que realmente chamava o perdido em lugares distantes. Ensinou doutrinas profundas e amou as doutrinas da graça. (...)

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"Queremos trazer à Memória" de Avanísia de Souza e Israel Carvalho.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo do Forsyth, se tiverem interesse posso mandar via e-mail o livro que ele escreveu sobre Kalley - o Lobo da Escócia, caso vocês não tenham. Obrigado pelo artigo.

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