A Segunda Vinda

Por J. I. Packer
 
Jesus Cristo retornará à terra em Glória.

"MAS, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; " 1 Ts 5.1-4.


O Novo testamento anuncia repetidamente que Jesus Cristo voltará algum dia. Essa será sua "visita real", seu 'aparecimento" e "vinda" (grego: parousia). Cristo voltará a este mundo em glória. O segundo advento do Salvador será pessoal e físico (Mt 24.44;At 1.11; Cl 3.4; 2 Tm 4.8; Hb 9.28), visível e triunfante (Mc 8.38; 2 Ts 1.10; Ap 1.7). Jesus vem para encerrar a história, levantar os mortos e julgar o mundo (Jo 5.28,29), conceder aos filhos de Deus sua glória final (Rm 8.17,18; Cl 3.4), e introduzi-los em um universo reconstruído (Rm 8.19-21; 2 Pe 3.10-13). Sua execução desta agenda será a última fase e triunfo final de seu reino mediatário. Uma vez que essas coisas se cumpram, a aplicação da redenção contra a oposição satânica, que era a obra específica do reino, terminará. Quando Paulo diz que Cristo então "entregará o reino" e se tornará sujeito ao Pai (1 Co 15.24-28), ele não está insinuando qualquer diminuição da honra subseqüente de Cristo, mas está significando o completamento do plano para trazer os eleitos ao céu que o Filho ressurreto foi entronizado para realizar. Os eleitos em glória, purificados e aperfeiçoados, honrarão para sempre o Cordeiro como aquele que foi capaz de abrir o livro do plano de Deus para cumprimento e aplicação da redenção na história, e fazer acontecer o que estava planejado (Ap 5). Na nova Jerusalém, Deus e o Cordeiro estão entronizados e reinam juntos para sempre (Ap 22.1,3)). Mas este reinado é a crescente conexão servo-Senhor entre Deus e os justos que se segue à era do reino mediatário, e não a continuação daquele reino como sul.


Em 1 tessolonicenses 4.16,17, Paulo ensina que a vinda de Cristo terá a forma de um descida desde o céu, anunciado por um ressôo de trombeta, um clamor , e a voz do arcanjo. Os que morreram em Cristo já terão sido levantados e estarão com Ele, e todos os cristãos na terra serão "arrebatados" (isto é, levados às nuvens para o encontro com Cristo no espaço), para que possam em seguida retornar à terra com Ele, como parte de sua escolta triunfante. A idéia de que o arrebatamento os leva para fora deste mundo por um período antes de Cristo aparecer uma terceira vez para uma "segunda vinda" tem sido amplamente defendida, mas falta-lhe apoio escriturístico.


Embora alguns dos detalhes dados por Paulo tenham significação simbólica (a trombeta, como um clarim militar, chama a atenção para a atividade de Deus, Êx 19.16,19; Is 27.13; Mt 24.31. 1 Co 15.52; a nuvens significa a presença ativa de Deus, Êx 19.9,16; Dn 7.13; Mt 24.30; Ap 1.7), ele parece estar falando literalmente, e o fato de o que ele descreve estar além de nosso poder de imaginação não nos deve impedir de tomar sua palavras no sentido de que isso será assim.


O Novo Testamento especifica muito do que sucederá entre as duas vindas de Cristo, mas, afora q queda de Jerusalém em 70d.C. (Lc 21.20,24), as predições sugerem processo e não eventos isolados identificáveis, e não revelam sequer uma data aproximada do reaparecimento de Jesus. O mundo gentio será chamado à fé (Mt 24.14); os judeus serão trazidos ao reino (Rm 11.25-29, uma passagem que pode ou não antecipar uma conversão nacional); haverá falsos profetas e falsos Cristo ou anticristos (Mt 24.5,24; 1 Jo 2.18,22; 4.3). Haverá apostasia da fé e tribulação para os fiéis (2 Ts 2.3; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; Ap 7.13,14; cf. 3.10). Um "homem da iniqüidade", aparentemente não identificável, acerca do qual Paulo havia falado aos tessaçocicenses em um ensino oral que não possuímos (2 Ts 2.5), devia ou deve aparecer (2 Ts 2.3-12). Se o período de mil anos de Apocalipse 20.1-10 é realmente a história do mundo entre as duas vindas de Cristo, haverá uma último e apical luta de poder de alguma forma entre as forças anticristãs do mundo e o povo de Deus (vv 7-9). Nenhuma data, contudo, pode ser inferida desses dados; o tempo do retorno de Jesus permanece completamente desconhecido.


A volta de Cristo terá o mesmo significado para os cristãos que estiverem vivos quando acontecer como a morte tem para os cristãos que morrem antes de acontecer: será o fim da vida neste mundo e o início da vida naquilo que tem sido retratado como "um ambiente desconhecido com habitantes bem conhecido" (cf. Jo 14.2,3). Cristo ensina (Mt 24.36-51) que será um trágico desastre se a parousiaencontrar alguém despreparado. Em vez disso, a idéia do que virá deve estar constantemente em nossas mentes, incentivando-nos em nosso atual serviço cristão (1 Co 15.58) e ensinado-nos a viver, como se ela fosse iminente, prontos a nos encontrarmos com Cristo a qualquer momento (Mt 25.1-13).
Autor: J. I. PACKER
Fonte: Teologia Concisa, pg. 159, Ed. Cultura Crista. Compre este livro em http://www.cep.org.br .

O Fim do Mundo

Por O. Palmer Robertson


Muitas pessoas não o sabem, mas este mundo chegará ao fim. Elas pensam que o mundo existirá por tempo indeterminado, devido ao fato que ele permanece da mesma maneira desde que o conhecem. Alguns imaginam: quando o nosso sol extinguir-se, então, o mundo chegará ao fim; ou: se acontecer uma guerra nuclear, a humanidade deixará de existir. Entretanto, independentemente dessas perspectivas, as pessoas sentem que o mundo simplesmente perpetuará sua existência.

Aqueles que mantêm esse ponto de vista ignoram duas coisas. Primeira: o mundo já sofreu uma destruição catastrófica, ou seja, o Dilúvio, na época de Nóe. Deus julgou o mundo antigo por causa de sua depravação e executará juízo sobre o mundo novamente. Segunda: as palavras de Jesus e da Bíblia a respeito do fim do mundo.

O que podemos conhecer sobre o fim deste mundo? O que nos espera adiante? Considere estas seis verdades sobre as quais você pode ter certeza.


1. Jesus voltará
Jesus, o eterno Filho de Deus, já veio a este mundo, como alguém especialmente comissionado por Deus, o Pai. Ele nasceu de uma virgem, curou enfermos e ressuscitou mortos; ao ser crucificado e morto, sofreu o castigo que os pecadores mereciam; ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia e agora está entronizado, com poder, à direita de Deus.

Ele virá a este mundo novamente. Mas, naquela ocasião, será em glória, com todos os anjos de Deus. Sua volta não será apenas uma manifestação espiritual; Ele retornará em forma física, de modo que todos os homens O vejam. Eles saberão que é o próprio Senhor Jesus e não outra pessoa qualquer (Mt 24.27-44).

2. Os mortos serão ressuscitados
Deus, que no princípio criou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida, trará de volta à vida todas as pessoas que já viveram na face da terra. O mar entregará os seus mortos. Os sepulcros serão esvaziados. Deus, por intermédio de seu poder criativo, fará os mortos reviverem (Ap 20.11-15).

3. Os céus e a terra que agora conhecemos serão destruídos
Deus prometeu que águas de dilúvio jamais cobrirão a terra outra vez. Enquanto a terra existir, haverá dia e noite, e as estações do ano continuarão. Mas virá o dia em que toda a terra, outros planetas e estrelas distantes serão destruídos (2 Pe 3.1-12).

4. Novos céus e uma nova terra serão criados
Deus não será frustrado em seu plano de estabelecer um mundo onde não existe pecado, tristeza e dor. Após destruir este mundo corrompido, juntamente com toda a sua depravação e pecaminosidade, Ele criará novos céus e nova terra. Nestes haverá beleza e harmonia em todos os lugares. Santidade e amor estarão presentes em todos os relacionamentos. O pecado e o mal já não mais existirão nos corações dos homens (2 Pe 3.13).

5. Será realizado um grande julgamento
Todas as criaturas, tanto anjos como homens, se apresentarão diante de Deus a fim de prestarem contas de tudo que houverem feito. Quando as cortinas forem abertas para este último julgamento, as pessoas serão posicionadas à direita ou à esquerda do trono de Deus. Os que estiverem à direita desfrutarão de bênçãos eternas; serão recompensados de acordo com as boas obras que realizaram.

Mas os que estiverem à esquerda serão condenados à eterna perdição e banidos da presença de Deus. Serão punidos com justiça de acordo com as obras ímpias que praticaram (Mt 25.32-46).

6. Será iniciada a última Era, que continuará por toda a eternidade
Na eternidade passada, a terra não existia. Então, Deus falou e um mundo perfeito veio à existência (Gn 1.31). Todavia, a rebeldia dos primeiros seres humanos contra a autoridade de Deus trouxe o mundo a uma condição de depravação pecaminosa. Em sua misericórdia, Deus prometeu enviar um Salvador, que venceria o diabo e as forças malignas (Gn 3.15). No tempo certo, Jesus Cristo veio ao mundo. Após consumar sua obra redentora, Ele comissionou seus seguidores a propagar as boas-novas sobre a salvação a todos os confins da terra (Mt 28.18-20).

Estas são as grandes épocas que o mundo, nossa habitação, tem experimentado até agora. Mas ainda falta uma grande Era. Esta continuará para sempre. Nesta última Era, pureza e paz existirão em perfeição. Jesus Cristo será honrado pelos homens e os anjos por causa da grande obra de redenção que Ele realizou (Fp 2.9-11; Ap 5.8-14).

Esta última Era surgirá em breve. Através de arrepender-se de seus pecados e crer no Senhor Jesus Cristo, como o Salvador dos pecadores, você pode desfrutar dessas bênçãos de Deus, por toda a eternidade. A porta da oportunidade está aberta a todos os que vierem a Cristo.

O Estado Final dos Justos

Por Louis Berkhof


1. A NOVA CRIAÇÃO. O estado final dos crentes será precedido pelo passamento do presente mundo e pelo surgimento de uma nova criação. Mt 19.28 fala da "regeneração" e At 3.21, da "restauração de todas as cousas". Em Hb 12.27 lemos: "Ora, esta palavra: Ainda um vez por todas, significa a remoção dessas cousas abaladas (céus e terra), como tinham sido feitas, para que as cousas que não são abaladas (o reino de Deus) permaneçam". Diz Pedro: "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça", 2 Pe 3.13, cf. vers. 12; e João teve uma visão dessa nova criação, Ap 21.1. Somente depois que a nova criação estiver estabelecida é que a nova Jerusalém descerá dos céus, da parte de Deus, o tabernáculo de Deus será montado entre os homens e os justos adentrarão o seu gozo eterno. Muitas vezes é levantada a questão sobre se essa criação será inteiramente nova ou se será uma renovação da presente criação. Os teólogos luteranos apóiam fortemente a primeira posição acima, recorrendo a 2 Pe 3.7-13; Ap 20.11 e 21.1, ao passo que os teólogos reformados (calvinistas) preferem a segunda idéia, para a qual encontram apoio em Sl 102.26,27 (Hb 1.10-12) e Hb 12.26-28.


2. HABITAÇÃO ETERNA DOS JUSTOS. Muitos concebem também o céu como uma condição subjetiva, que os homens podem desfrutar no presente e que, seguindo a justiça, naturalmente se tornará permanente no futuro. Mas aqui também se deve dizer que a Escritura apresenta o céu como lugar. Cristo ascendeu ao céu, o que só pode significar que ele foi de um lugar para outro. O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há muitas mansões, Jo 14.1, e esta descrição dificilmente seria válida para uma condição. Além disso, diz a Escrituras que os crentes estão dentro, enquanto que os incrédulos estão fora, Mt 22.12,13; 25.10-12. A Escrituras nos dá motivos para acreditarmos que os justos herdarão, não somente o céu, mas a nova criação inteira, Mt 5.5; Ap 21.1-3.


3. A NATUREZA DA SUA RECOMPENSA.A recompensa dos justos é descrita como vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, ma a vida em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida, Mt 25.46; Rm 2.7. A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna, Ap 21.3. Eles verão a Deus em Jesus Cristo face a face, encontrarão plena satisfação nele, alegrar-se-ão nele e O glorificarão. Contudo, não devemos pensar que as alegrias do céu são exclusivamente espirituais. Haverá alguma coisa correspondente ao corpo. Haverá reconhecimento e relações sociais num plano elevado. Também é evidente na Escritura que haverá gruas na bem-aventurança do céu, Dn 12.3; 2 Co 9.6. Nossas boas obras serão a medida da recompensa que recebermos pela graça, embora elas não a mereçam. Apesar disso, porém., a alegria de cada indivíduo será perfeita e completa.


Autor: Louis Berkhof
Fonte: Teologia Sistemática do autor, p. 742,743, Ed Cultura Cristã (CEP).

O Estado Final dos Ímpios

Por Louis Berkhof

Há especialmente três pontos que requerem consideração aqui;


1. O LUGAR PARA O QUAL OS ÍMPIOS SERÃO ENVIADOS. Na teologia dos dias atuais há uma evidente tendência, nalguns círculos, de eliminar a idéia de punição eterna. Os extincionistas[aqueles que crêem no aniquilamento], que ainda estão representados em seitas como o adventismo e a "aurora do milênio", e os defensores da imortalidade condicional, negam a existência perpétua dos ímpios e, com isso, tornam desnecessário um lugar de punição eterna. Na teologia "literal" moderna, a palavra "inferno" é geralmente considerada como um designativo figurado de uma condição puramente subjetiva, na qual os homens podem achar-se mesmo enquanto na terra, e a qual pode tornar-se permanente no futuro.


Mas essas interpretações certamente não fazem justiça aos dados da Escritura. Não pode haver dúvida razoável quanto ao fato de que a Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios, Mt 24.5; 25.30, 46; Lc 16.19-31. Além disso, em conexão com o tema do "inferno", a Bíblia emprega expressões indicativas de lugar o tempo todo. Ela dá ao lugar de tormento o nome de geena, nome derivado do hebraico ge (terra, ou vale) e hinnom ou beney hinnom, isto é, Hinnom ou Filho de Hinnom. Esse nome foi aplicado originalmente a um vale sito a sudoeste de Jerusalém. Era o lugar em que os ímpios idólatras sacrificavam seus filhos a Moloque, fazendo-os passar pelo fogo. Daí era considerado impuro e, em tempos mais recentes, era denominado "vale de tophet" (escarro), como uma região completamente desprezada. Como resultado, veio a ser um símbolo de lugar de tormento eterno.Mt 18.9 fala de ten gennan tou pyros, a geena de fogo, e esta expressão forte é empregada como um sinônimo de to pyr to aionion, o fogo eterno, que aparece no versículo anterior. A Bíblia fala também de uma "fornalha acessa", Mt 13.42, e de um "lago de fogo" (ou "do fogo"), Ap 20.14,15, que se contrasta com o "mar de vidro, semelhante ao cristal", Ap 4.6. Os termos "prisão". 1 Pe 3.19, "abismo", Lc 8.31 e "tártaro", 2 Pe 2.4 (margem), também são empregados. A Escrituras se refere aos excluídos do céu dizendo que estão fora (na trevas exteriores) e que são lançados no inferno. A descrição registrada em Lc 16.19-31 é, por certo, inteiramente descritiva de lugar.


2. O ESTADO NO QUAL CONTINUARÃO SUA EXISTÊNCIA. É impossível determinar precisamente o que constituirá a punição eterna dos ímpios, e os convém falar mui cautelosamente sobe o assunto. Positivamente se pode dizer que consistirá em (a) ausência total do favor de Deus, (b) uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado; (c) dores e sofrimentos positivos no corpo e alma; e (d) castigo subjetivo, como agonias da consciência, angústia, desespero, choro e ranger de dentes, Mt 8.12; 13.50; Mc 9.43,44,47,48; Lc 16.23,28; Ap 14.10; 21.8. Evidentemente, haverá graus na punição dos ímpios. Isto se deduz de passagens como Mt 11.22, 24; Lc 12.47,48; 20.17. Sua punição será proporcional ao seu pecado contra a luz que receberam. Mas, não obstante será punição eterna para todos eles. Esta verdade é exposta claramente na Escritura, Mt 18.8; 2 Ts 1.9; Ap 14.11; 20.10. Alguns negam que haverá fogo literal, porque este não poderia afetar espírito como Satanás e seus demônios. Mas, como podemos sabê-lo? Nosso corpo certamente age em nossa alma de algum modo misterioso. Haverá alguma punição positiva correspondente aos nossos corpos. É indubitavelmente certo, porém, que uma grande parte da linguagem referente ao céu e ao inferno dever ser entendida figuradamente.


3. DURAÇÃO DA PUNIÇÃO. Contudo, a questão da eternidade da punição futura merece consideração mais especial, por ser freqüentemente negada. Dizem que as palavras empregadas na Escritura para "sempiterno" e "eterno" podem denotar simplesmente uma "era" ou uma "dispensação", ou algum outro longo período de tempo. Ora, não se pode negar que são empregadas desse modo nalgumas passagens, mas isto não prova que sempre tenham este sentido limitado. Não é este o sentido literal desses termos. Sempre que são empregados assim, o são empregados figuradamente, e, nesses casos, o seu uso figurado é geralmente esclarecido pelo contexto. Além disso, há razões positivas para se pensar que essas palavras não têm aquele sentido limitado nas passagens a que nos referirmos. (a) Em Mt 25.46 a mesma palavra descreve a duração, tanto da bem-aventurança dos santos como da penalidade dos ímpios. Se esta não for, propriamente falando, interminável, tampouco o será aquela; e, todavia, muito dos que duvidam da punição eterna, não duvidam da felicidade eterna. (b) São empregadas outras expressões que não podem ser postas de lado pela consideração mencionada acima. O fogo do inferno é chamado "fogo inextinguível", Mc 9.43; e dos ímpios se diz que "não lhes morre o verme", Mc 9.48. Além disso, o abismo que separará santos e pecadores no futuro é descrito como fixo e intransponível, Lc 16.26.


Autor:Louis Berkhof
Fonte: Teologia Sistemática do autor, p. 741,742, Ed Cultura Cristã (CEP).

O Nascimento do Rei

Por Rev. Hernandes Dias

O nascimento do Rei chegou. O Natal é uma festa de grande alegria. Traz glória a Deus no céu e alegria na terra entre os homens. O anjo disse aos pastores de Belém: “Não temais, porque vos trago novas de grande alegria para todo o povo; é que hoje na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Os céus de Belém se cobriram de anjos e uma música ecoou desde as alturas: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama” (Lc 2.14). Devemos celebrar o nascimento de Jesus com entusiasmo, com gratidão e com louvor em nossos lábios. O Natal foi planejado na eternidade. Foi prometido no tempo. Anunciado pelos profetas. Cumprido na plenitude dos tempos. Deus entrou em nossa história, encarnou-se, vestiu a nossa pele e calçou as nossas sandálias. Jesus veio ao mundo não apenas para estar ao nosso lado, mas para ser o nosso substituto. O Rei dos reis fez-se servo. Sendo rico, tornou-se pobre. Sendo santíssimo, fez-se pecado. Sendo o autor da vida, morreu em nosso lugar.

O nascimento do Rei foi um golpe no orgulho dos poderosos. O Rei dos reis não entrou no mundo vestido das glórias celestiais. Ele não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Não pisou tapetes aveludados, mas andou pelas estradas poeirentas da Palestina. Não usou um cetro de ouro, mas empunhou um cinzel na dura faina de uma carpintaria. Não veio ostentando poder, mas esvaziou-se e tornou-se servo. Não reivindicou seus direitos, mas humilhou-se até a morte e morte de cruz.

O nascimento do Rei aponta-nos para o insondável amor de Deus. Ele nos amou desde toda a eternidade. Deus nos amou não porque merecíamos ser amados. Amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Ele amou-nos sendo nós filhos da ira. Amou-nos e deu-nos seu Filho Unigênito. Deu-o como oferta pelo nosso pecado. Entregou-o para ser cuspido pelos homens e ser pregado numa cruz como nosso substituto.

O nascimento do Rei revela que há uma estreita conexão entre a manjedoura e a cruz. O Rei da glória entrou no mundo como o Cordeiro de Deus. Ele nasceu para morrer. Jesus é o nosso Cordeiro Pascal. Ele foi imolado em nosso lugar. Seu sangue foi vertido para expiar os nossos pecados. É pela sua morte que recebemos vida. É pelo seu sacrifício que somos perdoados, remidos e reconciliados com Deus.

O nascimento do Rei abriu-nos o caminho de volta para Deus. Ele mesmo é o caminho do céu. Ele é a porta da glória. Por meio dele temos livre acesso ao Pai e podemos entrar confiadamente na presença daquele que está assentado no trono. É por meio de Jesus que somos reconciliados com Deus. É por meio de Jesus que recebemos vida em abundância. É por meio de Jesus que somos adotados na família de Deus, somos feitos filhos de Deus, e nos tornamos herdeiros de Deus.

O nascimento do Rei é a festa da vida e da salvação. Precisamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos devolver o Natal ao seu verdadeiro dono. Precisamos como os magos do Oriente, ir a Jesus para adorá-lo, depositando a seus pés os nossos melhores tesouros, pois ele é digno de receber toda honra, toda glória e todo o louvor.
 

Aniversariantes IECMS dezembro 2012

02/12 Bruno Ferreira
14/12 Cleciana Alves
20/12 Daniela Silva
24/12 Divane Oliveira
24/12 Giselle Feitosa
31/12 Cleudson Lima

Aniversário Casamento:

22/12 Sandro e Viviane Aragão
30/12 Paulo e Carmen Aragão

Boa Leitura!

Livro: O que estão fazendo com a Igreja.
Dentre as centenas de textos postados no http://tempora-mores.blogspot.com.br/, Dr. Augustus Nicodemus selecionou alguns dos seus para se projetarem além da blogosfera, e assim oferecer suas percepções sobre a igreja evangélica e sobre o que entende ser a ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro.

Liberais, neo-ortodoxos, libertinos e neopentecostais, não escapam da escrita certeira de Augustus, cujo objetivo com a publicação de O que estão fazendo com a igreja vai muito além da simples (e saudável) polêmica. Seu desejo é fortalecer os que insistem em seguir a fé bíblica conforme entendida pelo cristianismo histórico. Sem esquecer as mazelas de conservadores, fundamentalistas e neopuritanos, Augustus traça um panorama do complexo cenário evangélico com a firmeza que lhe é peculiar.