Igreja Congregacional no Brasil - 157 anos


Comemoração dos 157 anos do Congregacionalismo no Brasil e
45 anos da Aliança das Igrejas Congregacionais do Brasil
Data: 18 de agosto 2012 (sábado)
Hora: 19h30
Local: Clube Ypiranga, Santa Cruz do Capibaribe PE
Preletor: Pr. Marcos Gladstone
Participação de Igrejas Congregacionais desta Cidade e Região
 
 

Quando os Membros estão Divididos, o Corpo Sangra

Por Pr. Aurivan Marinho

A igreja evangélica tem sido constantemente penalizada por divisões, rachas e cismas. A intolerância, a falta de amor e a luta pelo poder são possivelmente as causas mais recorrentes dessa tragédia. Existe na cultura evangélica atual uma grande dificuldade de doação em torno de projetos institucionais, corporativos e coletivos. A forte ênfase que se dá ao sucesso pessoal tem promovido lideranças personalistas e antidemocráticas. O resultado disso é que a todo tempo assistimos perplexos o surgimento de novas igrejas ou grupos eclesiásticos, cuja origem dar-se no interior de corações arrogantes, competitivos, intolerantes e carnais.

O Espírito de “Babel” (Gn 11.1-11) impera na cultura pragmática do pós-modernismo. Trata-se de uma cultura fragmentária, onde a igreja, a doutrina, a família e demais instituições são transformados em pequenos fragmentos e sacrificados no altar do “eu quero”, “eu acho”, “eu posso”. A centralidade do eu corrói como um cupim os verdadeiros pilares da fé cristã. O império do “eu” se legitima em nome do êxito pessoal, da prosperidade material e do endeusamento do próprio nome.

Nesse contexto em que a ética e a moral são o que menos importa para muitos, a igreja é usada como meio de favorecimento pessoal, o evangelho é negociado nos balcões da fé e a credibilidade e a reputação dos líderes ocupa as piores colocações nas pesquisas de opinião pública. O Espírito de Babel não consegue produzir nenhum projeto que não resulte em confusão. Babel se encontra naturalmente debaixo da sentença do juízo divino. O Espírito de Babel é insensível, insensato e demasiadamente egoísta. Babel é maldição, tudo que põe a mão termina em divisão.

A igreja tem o dever de contrariar essa cultura mundanista vivendo a cultura do reino de Deus. Precisamos ser manso e humilde de coração, devemos considerar o outro superior a si mesmo, necessitamos promover a unidade na diversidade. Se queremos preservar a unidade é preciso que consideremos as diferenças sem demonizá-las. As diferenças existem e, por isso mesmo, o amor, a misericórdia e o perdão são tão essenciais na construção e preservação dos relacionamentos. Os fundamentos da unidade são mais fortes do que os pontos que tentam nos separar. Afinal, “há somente um corpo e um Espírito... há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4. 4-6).

Gostaria de considerar a visão bíblica de unidade a partir de quatro aspectos, através dos quais poderemos superar quaisquer diferenças.

1. A unidade do Espírito – Quando penso no mover do Espírito no seio da igreja, penso em quebrantamento, vida piedosa e corações contritos. É somente pelo poder do Espírito que nos despojamos de nós mesmos, renunciamos o nosso próprio eu, relativizamos as nossas vontades, nos colocamos no lugar do outro e baixamos as nossas armas. Não acredito na unidade promovida pelo homem. Tudo que vem do homem é carnal, é motivacional ou essencialmente corrompido. A verdadeira unidade representa uma expressão da espiritualidade bíblica, que só o Espírito de Deus pode produzir na experiência cristã. Só pelo Espírito o eu é descentralizado e o governo de Deus efetivado nos corações. A unidade é requisito para o aviva-mento, e avivamento transforma partidos divergentes em ajuntamento solene e comunitário. Por isso, devemos atentar para a exortação bíblica: “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef. 4.3).

2. A unidade doutrinária – A doutrina é o cimento que une os membros da igreja. A unidade emana da identificação existente entre aqueles que desfrutam da mesma identidade. Na igreja primitiva a unidade, a comunhão e o partir do pão são referendados como frutos de uma mesma experiência: “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2. 42). A doutrina é ao mesmo tempo o elemento que une os discípulos de Cristo e os diferenciam das multidões e falsas religiões. Não podemos, em nome da unidade, sacrificar a doutrina. Qualquer ecumenismo religioso que atribui à doutrina um caráter secundário é nocivo à saúde da igreja. Por outro lado, a defesa da doutrina não pode ignorar a importância da unidade. Daí porque os que defendem, falam e pregam a verdade, o façam com amor. A intolerância, e a intransigência desembocam em sentimentos odiosos e posicionamentos legalistas que comprometem a boa comunhão. O centro da doutrina cristã é Cristo. Se queremos que os homens o enxergue como o enviado de Deus, que, então, sejamos um (Jo 17. 23).

3. A unidade do corpo – Se a igreja é o corpo de Cristo e Cristo o seu cabeça, isso faz de nós naturalmente membros uns dos outros (I Cor. 12.26-27). Quem promove divisão na igreja não está simplesmente atingindo uma instituição ou estabelecendo uma nova organização eclesiástica (igreja, ministério ou denominação), está, sim, ferindo o corpo de Cristo. Como diz Calvino “quando os membros estão divididos, o corpo sangra”. Enquanto a igreja se divide pelas razões mais banais e infantis possíveis, o corpo padece e sinais de fraqueza se evidenciam no cumprimento da missão.

O modo mais bíblico e inteligente de mantermos a unidade do corpo é reconhecendo que o único cabeça é Cristo e que cada membro tem uma missão particular dada por Deus visando à edificação do todo. Não podemos criar uma guerra entre os dons. Cada dom tem seu valor e quem o recebe deve exercitá-lo com temor e zelo. Todos os dons são úteis, pois provém do Espírito Santo (I Cor. 12.7). Os dons são diferentes e distribuídos a pessoas diferentes visando à unidade e diversidade do corpo (I Cor. 12.28-31). Isso significa que eu não tenho que divergir com meu irmão nem desdenhar dele pelo simples fato de que Deus o usa de um modo diferente. Nem todo mundo é olho, boca ou mão (I Cor 12.14-20). Nenhum membro concentra a totalidade das virtudes do Espírito. Precisamos uns dos outros e a igreja precisa de todos para se manter saudável e relevante.

4. A unidade trinitária – O modelo de unidade que queremos para igreja não pode ser produzido pela mera experiência humana. A verdadeira unidade é uma obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida de pessoas, que de outro modo, jamais poderiam desfrutar da comunhão bíblica. O Deus Trino que opera na vida da igreja se apresenta como modelo comunitário ideal: “Que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim, e eu em Ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17.21). A nova vida que a igreja desfruta é uma obra do céu. A vocação da igreja é o céu e o modelo de unidade vem do céu.

A unidade é uma experiência que transcende as tendências culturais e as vaidades do coração humano. A unidade que se projeta na Trindade rompe barreiras, quebra preconceitos e se evidencia na experiência do amor e do perdão. Ser igreja é se comprometer em transcender a mesmice de uma cultura odiosa, egoísta e perversa, no propósito de promover na Terra a comunidade divina.

É dever de cada crente e de cada líder preservar a unidade da igreja. Lutar pela comunhão é tarefa de todo aquele que ama o Senhor da igreja e que deseja ser instrumento nas mãos do Espírito para edificar a Igreja do Senhor. Que o Senhor gere em nossos corações a harmonia que precisamos para que sejamos mais relevantes. Que nenhum espírito de divisão encontre lugar para operar em nosso meio. Que a longanimidade e benignidade sejam virtudes bem presentes em nossas motivações e ações.
 
 

Ética na Política

Por Pr. Jorge Issao Noda

“Vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo” (Mt 5:13, 14).

Somos cidadãos de dois reinos. Estamos neste mundo, mas não somos deste mundo. Pagamos impostos, elegemos gestores, obedecemos às autoridades constituídas, mas nossa pátria é a celestial, nosso modo de governo é a monarquia do Rei Jesus, nossa constituição é a Palavra de Deus, nossa lealdade suprema é ao reino de Deus, nossa missão é salgar nosso ambiente, desacelerando sua deterioração e iluminar os que se encontram na escuridão espiritual. Esta é a nossa identidade.

A participação dos cristãos na política é inevitável. Deus nos chamou para exercermos nossa cidadania com responsabilidade. Da maneira como a nossa sociedade é organizada, é necessário intervir a partir da escolha refletida de representantes que promovam o maior bem para as pessoas. Através do voto, assumimos a responsabilidade de colocar no poder homens e mulheres que podem fazer grande diferença para a melhoria da condição de vida da população, através de uma gestão responsável dos recursos públicos.

É trágico constatar, porém, que o sistema políco de nossa nação está carcomido pela corrupção desde as suas bases. O que vemos no Brasil está longe de ser uma democracia no sentido mais fundamental da palavra. Os princípios mais elevados da justiça e da bondade são aprisionados em algum cárcere esquecido, enquanto a mentira, a corrupção e a venda da consciência correm livres e soltas em campanhas imorais e vergonhosas. O voto deixa de ser uma expressão de convicção e consciência para se tornar o mais baixo esgoto de prostituição social. Políticos são eleitos não por sua capacidade administrativa ou por seu compromisso com os valores éticos, mas por sua capacidade de comprar e vender a dignidade humana.

O mais trágico em tudo isso é que os que podiam fazer a diferença jogam-se na lama sem peso na consciência. Aqueles que se dizem discípulos de Cristo não hesitam em participar desse jogo diabólico em nome da lealdade partidária e da proteção de interesses pessoais. Tornam-se objeto de gozação nos círculos de uma sociedade sem Deus, comprometem o testemunho de Cristo, escandalizam a fé dos mais fracos, sacrificam os princípios mais valiosos e finalmente colaboram para tornar a vida em comunidade mais feia e degradante. Se pensamos que não poderia ficar pior, ainda usam o nome de Deus em vão e suplicam as bênçãos do Rei do Universo para a corrupção e a mentira.


O sacrifício da consciência é um preço alto demais para se desfrutar de favores políticos e financeiros. O alimento que chega à nossa mesa de forma desonesta não é abençoado. O conforto que desfrutamos pode se tornar numa cama de espinhos. E depois de tudo, teremos que conviver com a realidade que traímos nosso Deus, nossa conciência e a boa fé daqueles que acreditaram em nós. Nada pode substituir o favor de Deus. A bênção de Deus coloca em nossa mesa o pão da paz, afofa a cama da consciência tranquila, multiplica o pouco e toca o próximo com graça. Não se deixe embriagar pela esperança passageira, beba abundamente da vida que transborda hoje e permance para sempre. Não use as pessoas para atingir seus fins egoístas, seja um árvore frutífera onde as pessoas encontram sombra e alimento. Não se conforme com o sistema, seja uma pedra no sapato daqueles que acreditam que dignidade se compra. E tudo o que você fizer por menor que seja exercerá um impacto maior do que qualquer cargo político, o impacto de um filho de Deus que permaneceu leal ao seu Rei e Senhor! A participação do cristão política é inevitável, mas sua contaminação não só é evitável, mas indispensável se quisermos comprovar com a nossa vida a autenticidade da nossa fé em Cristo.
  
  

Onde Você Está, Papai?

Por Pr. Jorge Noda

“... porque tu estás comigo” (Sl 23:4)

Pesquisas demonstram que famílias sem a presença do pai biológico tendem a ser desestruturadas, empobrecidas e vulneráveis à corrupção da sociedade. Na história de muitos criminosos a ausência do pai é um fator muito comum. Pais que permanecem muito tempo no trabalho, bebendo com os amigos, arrumando coisas para fazer, deixam atrás de si um tipo de orfandade mais triste: “Eu tenho um pai, mas ele não está presente”. Quantos filhos chegam à idade adulta carregando as memórias de um pai que não estava lá...

Pai, nada é mais importante do que sua presença. A presença de um pai que está acessível para os seus filhos, que brinca sem se sentir culpado, que os conhece como a palma da mão, que oferece um exemplo e referencial de vida, que está ali para proteger, que não deixa faltar nada dentro de casa, que ama a mamãe, que pastoreia o seu pequeno rebanho com ternura e firmeza. 

Não deixe para estar presente amanhã, esteja presente hoje, pois o amanhã talvez nunca chegue. Os filhos crescem rápido demais e, quando menos esperar, eles já estarão casados com suas próprias famílias. Que eles possam levar para os seus novos lares um exemplo a ser seguido, desejando reproduzir aquilo que eles mesmos experimentaram dentro de casa. 

Talvez você sinta que a paternidade é algo que está além de suas forças e capacidade. Não se preocupe, nosso Pai celestial está nos conosco para nos capacitar. Ele tem toda a sabedoria e amor. Ele, mais que ninguém, é capaz de nos fazer pais de verdade. Quanto mais temos comunhão com Deus, mais nosso coração vai bater no mesmo ritmo do Pai que está sempre presente!

Pais, Não Irriteis os Vossos Filhos

"Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados" (Cl.3:21). Os pais irritam os filhos quando ensinam com palavras, mas não com exemplo; quando falam uma coisa e fazem outra; quando exigem dos filhos um comportamento exemplar, mas vivem de forma repreensível. Os pais irritam os filhos quando os tratam com rigor, com dureza, com palavras ásperas e apenas cobram, sem jamais encorajar e consolar. Os pais irritam os filhos quando não têm tempo para eles, quando priorizam os amigos e o trabalho em vez da família. O papel dos pais é criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor, servindo-lhes de exemplo. A função dos pais é andar e ensinar os filhos a Palavra de Deus, inculcando neles os preceitos do Senhor. Deixar de ouvir, de encorajar e de acompanhar os filhos, não apenas os irritam, mas também os deixam desanimados. É tempo de investir na família, nos relacionamentos, a fim de que nossos lares sejam o lugar mais gostoso de se viver na terra. (Rev. Hernandes Dias).
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* As Auxiliadoras da IECMS promoverão um café da manhã especial para os pais da Igreja no sábado, dia 11, às 07h00. Na ocasião teremos um momento devocional e em seguida um delicioso café.  No domingo, dia 12, às 18h00, ainda refletiremos sobre Família, ao final do culto, lanche para os Pais.
                      

IECMS Novo Horário de Culto

O culto do domingo à noite em nossa Igreja terá novo horário nos meses de agosto e setembro de 2012 por causa da poluição sonora que vimos sofrendo (nas vias paralelas da PE 160) durante as campanhas eleitorais em nosso município. Os demais horários permanecem, mas, no domingo, nos reuniremos às 18h00.

Programação: quarta, Oração (20h00); quinta, Doutrina (20h00); sexta, Visitação e Adolescentes (19h30); sábado, Oração (06h00) e Mocidade (20h00); domingo, EBD (09h30) e Adoração (18h00).

Aniversariantes IECMS Agosto 2012


1º/08 Beatriz Alves
1º/08 Gabriela Santana
04/08 Adauto Cordeiro
06/08 Aline Souza
07/08 Maria Veronilda
08/08 Lucas Gabriel
08/08 Samuel Victor
09/08 Marianna Araújo
12/08 Gilmaro Marinho
14/08 Alcides Almeida
27/08 Heitor Nunes


Casamento
16/08 Albanita e Cleudson Lima